Edifícios da Fábrica Viúva Lamego [Lisboa]

Visualização Hierárquica

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Edifícios da Fábrica Viúva Lamego [Lisboa]

Edifício na Travessa do Cidadão João Gonçalves, n.º 1-19

Edifício no Largo do Intendente, n.º 23-27

Edifício no Largo do Intendente, n.º 16-21

Edifício no Largo do Intendente, n.º 11-15

Edifício na Av. Almirante Reis, n.º 6

Número:
LX_AR_VLamego

Designação:
Edifícios da Fábrica Viúva Lamego

Tipologia:
Arquitectura civil\Edifício

Projecto:
EPI - protocolo com a EPI (Escola Profissional de Imagem), no âmbito do Curso Profissional de Fotografia

Descrição:
Fundada em 1849, a antiga Fábrica Viúva Lamego era constituída por um conjunto de edifícios que ocupam uma vasta frente urbana da zona do Intendente e Almirante Reis, revelando, apesar das alterações sofridas ao longo dos tempos, alguma unidade entre si. Todos eles foram decorados com azulejos, produzidos, naturalmente, pela própria fábrica e, pelo menos duas das fachadas funcionaram como suporte publicitário da firma. Não foram, no entanto, apenas os produtos fabricados a ser publicitados, mas também a própria história da fábrica, pois os azulejos revelam a data da fundação e o nome do seu impulsionador e proprietário, que assim deixava uma marca de prestígio ligando, de forma indelével, o seu nome à indústria por si iniciada. O edifício do depósito é um dos que mais se destaca, pelo colorido da sua fachada oitocentistas e pelo exótico dos temas aí representados. Mais contida, mas igualmente a motivar um grande impacto, na Av. Almirante Reis, surge todo o alçado azul e branco, com painéis figurativos novecentistas de cariz mais delicado. A ocupar o resto da parte do quarteirão ocupada pela fábrica, os edifícios dos fornos revestem-se de um carácter mais industrial, bem evidente na opção de também utilizar na fachada vários elementos em tijolo maciço. Mais a sul observa-se um outro imóvel que foi já apontado como situado no local onde existiu a casa de habitação de António da Costa Lamego. Quer este corpo situado a sul do edifício do depósito, quer o corpo situado a norte foram muito transformados na viragem do século XIX para o século XX, com um estilo diferente em relação à principal fachada existente. Uma gravura publicada em 1896 mostra que o edifício do depósito era o único com sacada ao nível do piso superior, pelo que parece possível que aqui tenha vivido António da Costa Lamego (DOMINGUES - A Ornamentação [...], p. 315) e que o depósito da fábrica propriamente dito estivesse primeiramente situado no corpo sul, hoje transformado em prédio de habitação. Por outro lado, a mesma gravura demonstra ter existido uma área bem maior de revestimento azulejar e a fachada do depósito, hoje subsistente, apenas deverá corresponder a cerca de 1/5 do programa inicial, oferecendo uma imagem muito pálida do aparato decorativo que a fábrica teria tido em finais do século XIX.


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