Revestimento cerâmico da Sala dos Brasões
Palácio Nacional de Sintra
[Sintra]
Número:
ST_S_PNS_2101
Designação:
Revestimento cerâmico da Sala dos Brasões
Tipo de Património:
Azulejo
Classificação:
Revestimento cerâmico\figurativo
Descrição:
Revestimento azulejar em tons de azul e branco, que preenche integralmente os panos murários até ao arranque da cúpula, envolvendo os vãos que aí se abrem. As diferentes secções, representando cenas de caça ao veado (com excepção de uma caça ao urso) e da nobreza, são delimitadas por barras com enrolamentos de acanto por entre os quais surgem anjos e figuras femininas (variante da B-18-00080-V), e assentam sobre embasamento com pilastras laterais sustentadas por figura masculina dobrada (centauros), de onde partem festões que se ligam à cartela central (recortada), enquadrada por anjos. Aí representam-se outras cenas figurativas de paisagens. Sobre os vãos, os anjos e as cartelas dispõem-se conforme o espaço disponível e, nos intradorsos dos arcos das portas/janelas, surge nova simulação de estrutura arquitectónica sustentada por figuras masculinas de pé. Curiosamente, e ao contrário do que é habitual, as secções dos cantos encontram-se "dobradas", numa solução que não teve em consideração os limites do espaço a revestir. Trata-se de um revestimento do primeiro quartel do século XVIII, certamente executado a várias mãos, pois é evidente a diferença entre a pintura das composições figurativas principais e as molduras, e que foi objecto de intervenções posteriores.

- 1710-00-00 | 1730-00-00 | Cerâmica\Século XVIII\Primeira metade\Ciclo dos Mestres | c. 1720 [Revestimento]
Atribuído - [1979] SIMÕES - Azulejaria em Portugal no século XVIII, p. 323
- 1784-00-00 | 1787-00-00 [Revestimento - restauro]
Documentado - António Manuel Godinho, morador na Travessa do meio do Campo de Santana, recebeu 66$00 pela obra na Casa das Armas efectuada na sequência do Terramoto de 1755: mandou fazer os azulejos novos que saltaram, assentar os que caíram e limpar os mesmos (ANTT, Casa das Obras e Paços Reais, Paço de Sintra, n.º 91, Livro do Almoxarifado dos Paços de Sintra, 1784-1787, referido em TRINDADE - Revestimentos cerâmicos (...), p. 297).
- 1927-00-00 [Revestimento - restauro]
Documentado - Aplicação de azulejos de rodapé na Sala dos Brasões (SIPA - Palácio Nacional de Sintra, IPA.00006135, http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6135)



[Parede 1, nível 1, secção 1]

[Parede 1, nível 2, secção 4]

[Parede 1, vão 1, secção 3]

[Parede 2, nível 1, secção 3]

[Parede 2, nível 2, secção 3]

[Parede 2, vão 1, secção 1]

[Parede 2, vão 1, secção 2]

[Parede 3, nível 1, secção 3]

[Parede 4, nível 2, secção 1]

[Parede 4, nível 2, secção 2]

Material
Matéria transformada\Produto cerâmico\Azulejo [Azulejo]
Técnica
Cerâmica de revestimento\Técnicas de decoração\Faiança\À mão livre [Azulejo]
Cerâmica de revestimento\Técnicas de decoração\Faiança\Esgrafitado [Azulejo]
Cor
Azul [Pintura]
Branco [Vidrado]

MECO, José - Azulejo. Arte Portuguesa da Pré-História ao século XX. Vol 13. Lisboa: Fubu editores. 2009. pp. 111-142.
SMITH, Robert C. - Agostinho Marques, «enxambrador da cónega». Barcelos, 1974.
SIMÕES, João Miguel dos Santos - Azulejaria em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.
CARVALHO, Rosário Salema de - A pintura do azulejo em Portugal [1675-1725]. Autorias e biografias - um novo paradigma. Tese de Doutoramento em História da Arte. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2012.
MECO, José - Azulejaria Portuguesa. 3ª Edição. Lisboa: Bertrand, 1985.
MECO, José - O Azulejo em Portugal. Publicações Alfa, 1989.
MECO, José - Mestre P.M.P.. Dicionário da Arte Barroca em Portugal. Lisboa: Ed. Presença. 1989. p. 364.
